A Foto
Um zoom panorâmico. É isto que o livro A Foto de Alberto Renault faz. Um zoom panorâmico pelo mundo da arte, da moda, da fama e do consumismo. É no momento em que estes elementos se encontram que o autor tira o retrato da vida contemporânea e o revela nas páginas de sua obra.
Os cenários usados para compor este quadro são muitos e diversos. A trama viaja por Rio, São Paulo, Los Angeles, Tóquio, Salvador, Ilha Awaji/Japão, Paris, Nova York, Moscou, Campos do Jordão, Buenos Aires, Atenas, Taubaté, Milão e Vietnã. Os enquadramentos mostram favelas, praias, centros urbanos, monumentos históricos, passarelas, estúdios fotográficos. Tudo isto é visto pelas lentes de um escritor que, dentro de um apartamento típico da classe média, com auxílio de seu namorado, escreve um livro.
Os personagens que compõe esse retrato são modelos, artistas, donas-de-casa, empregadas domésticas e prostitutas. Alguns deles são identificados apenas pelas iniciais dos nomes, como por exemplos, L.P. e F.. Entretanto, o passeio que muitos deles fazem entre o glamour e as entranhas da vida real já é o suficiente para criar empatia entre eles e o leitor.
Sexo, drogas, luta pela sobrevivência cotidiana, vida caseira, se linkam para contar essa história. Os fragmentos se unem por um texto rápido e próximo à linguagem oral.
Um detalhe que chama a atenção nesta obra é a forma como são usadas as notas de rodapé. Aliás, nem sei se estas podem ser assim chamadas. Elas aparecem em grande parte das páginas, mas, não são, como de costume, grafadas com letrinhas miúdas, espremidas no final da página e com informações acessórias. Elas têm fontes do mesmo tamanho que o restante do texto, às vezes, ocupam quase a página toda e são totalmente integradas à história.
São essas “notas” que trazem elementos importantes à obra. Elas dão informações sobre a carreira de renomados artistas. Entre eles, o ilustrador Yoshitomo Nara, a escritora Banana Yoshimoto e os fotógrafos Malick Sidibé, Tatsumi Orimoto e Nan Goldin.
Ícones do consumismo como Chanel, Adidas, Louis Vuitton, Fendi, Dior, também ajudam a compor o quadro.
A Foto fotografa um ângulo da contemporaneidade, fala de fotos e fotógrafos célebres e revela personagens que não dispensam um flash. Aliás, os personagens são as mais belas paisagens nesse quadro.
Um livro de 132 páginas, rápido de ler, A Foto é uma boa companhia para o fim de semana.
RENAULT, Alberto. A Foto. Rio de Janeiro:Objetiva, 2003.
Imagem: Daniela Fonseca
Os cenários usados para compor este quadro são muitos e diversos. A trama viaja por Rio, São Paulo, Los Angeles, Tóquio, Salvador, Ilha Awaji/Japão, Paris, Nova York, Moscou, Campos do Jordão, Buenos Aires, Atenas, Taubaté, Milão e Vietnã. Os enquadramentos mostram favelas, praias, centros urbanos, monumentos históricos, passarelas, estúdios fotográficos. Tudo isto é visto pelas lentes de um escritor que, dentro de um apartamento típico da classe média, com auxílio de seu namorado, escreve um livro.
Os personagens que compõe esse retrato são modelos, artistas, donas-de-casa, empregadas domésticas e prostitutas. Alguns deles são identificados apenas pelas iniciais dos nomes, como por exemplos, L.P. e F.. Entretanto, o passeio que muitos deles fazem entre o glamour e as entranhas da vida real já é o suficiente para criar empatia entre eles e o leitor.
Sexo, drogas, luta pela sobrevivência cotidiana, vida caseira, se linkam para contar essa história. Os fragmentos se unem por um texto rápido e próximo à linguagem oral.
Um detalhe que chama a atenção nesta obra é a forma como são usadas as notas de rodapé. Aliás, nem sei se estas podem ser assim chamadas. Elas aparecem em grande parte das páginas, mas, não são, como de costume, grafadas com letrinhas miúdas, espremidas no final da página e com informações acessórias. Elas têm fontes do mesmo tamanho que o restante do texto, às vezes, ocupam quase a página toda e são totalmente integradas à história.
São essas “notas” que trazem elementos importantes à obra. Elas dão informações sobre a carreira de renomados artistas. Entre eles, o ilustrador Yoshitomo Nara, a escritora Banana Yoshimoto e os fotógrafos Malick Sidibé, Tatsumi Orimoto e Nan Goldin.
Ícones do consumismo como Chanel, Adidas, Louis Vuitton, Fendi, Dior, também ajudam a compor o quadro.
A Foto fotografa um ângulo da contemporaneidade, fala de fotos e fotógrafos célebres e revela personagens que não dispensam um flash. Aliás, os personagens são as mais belas paisagens nesse quadro.
Um livro de 132 páginas, rápido de ler, A Foto é uma boa companhia para o fim de semana.
RENAULT, Alberto. A Foto. Rio de Janeiro:Objetiva, 2003.
Imagem: Daniela Fonseca