Características: as femininas e as masculinas



O título acima está equivocado deveria ser: características humanas. Não entendo o motivo de separá-las como femininas e masculinas. Por exemplo, é uma peculiaridade das mulheres serem emotivas, inseguras, zelosas com a família. Já os homens são: decididos, competitivos, arrojados. Quem nunca viu reportagens do tipo “executivas bem sucedidas agem no ambiente profissional da mesma forma que os homens” e, logo adiante, descrevê-las com estes adjetivos. Outra ideia difundia é a de que bons maridos são homens atentos ao lar, o que seria maneira de portar-se típica das mulheres. As boas profissionais não estão agindo como homens, e nem os esposos ideais, como mulheres. Estão simplesmente, em consonância com suas personalidades. Homens podem ser doces, sensíveis, gentis. E as mulheres, agressivas, dominadoras, racionais. Estas, e mais um monte de outras qualidades humanas. Demasiado, humanas, como já dizia Nietzsche.

Homens e mulheres podem apresentar um pouco de cada uma destas características, independentemente do sexo. Há quem alegue que a razão para dividir as características esteja na evolução. Homens eram caçadores e as mulheres cuidavam do lar, assim, para sobreviverem desenvolviam os tais comportamentos masculinos e femininos. Acredito que para obter sucesso na saga evolutiva, ou seja, garantir suas próprias sobrevivências e de seus descendentes, ambos tiveram, em alguns momentos, que adotar as características femininas e as masculinas,
indistintamente.

Há duas causas para eu estar falando desse assunto. Primeira, essa separação entre as características sempre me incomodou. Segunda, eu li uma reportagem que tratava de uma pesquisa científica que demonstrava: o cérebro do homem pode ter traços femininos e o da mulher, masculinos. Esta matéria jornalística traz também um teste para você descobrir como o seu cérebro funciona. Só para constar, fiz o teste, o resultado foi que o meu é tipo misto. Aliás, este é o resultado mais recorrente. Lógico, não existe distinção rígida entre o, tipicamente, masculino e o feminino.

Atualmente, esse sectarismo não faz o menor sentido, pois os papéis sociais estão mesclados,
complementando-se. Melhor assim, a brincadeira da existência humana fica bem mais divertida.

Imagem: Creative Commons/Google

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