Vestido Vermelho
Ao receber o convite para o casamento de seu melhor amigo decidiu ir bem bonita à cerimônia. Era uma data importante, não é todo dia que se casa um amigo de infância. Então, iria pra arrasar! A primeira providência a ser tomada era comprar um vestido. Sim, pois os que estavam em seu guarda-roupa eram de uma, duas, ou sei lá, de quantas coleções passadas. Além do mais, nem sabia se ainda entraria em algum deles, ultimamente, o ponteiro da balança não tem se mostrado muito simpático com ela. Pensou em vestido, pensou vermelho. Não pode ser de outra cor, tem que ser vermelho. Vestidos vermelhos estão nas capas das revistas de moda mais famosas do país, ela havia visto a Sarah Jessica Parker vestida com um vestido vermelho na foto de uma reportagem que falava das preparações para “Sex and the City 2” , e, o mais importante, há muito tempo sonhava em vestir-se com essa cor, agora, que sua auto-estima estava nas nuvens, era o momento certo. Afinal, ninguém veste vermelho impunemente.
No mesmo dia em que foi convidada para o casamento, idealizou o vestido, a sandália e os acessórios que comporiam seu visual no grande dia, porém, o trabalho, a faculdade e os afazeres do lar desviaram sua atenção. De repente, se deu conta de que já estava às vésperas do dia da cerimônia. Ia precisar comprar tudo no dia seguinte, um sábado, pois, na próxima semana, viajaria a trabalho e, só retornaria no dia do casório. Nos sábados, o comércio de sua cidade fechava no horário do almoço e, por isso, as lojas ficavam uma confusão: apinhadas de clientes e com os vendedores loucos para descansar depois de uma semana inteira de serviço. Mas, imbuída de muita coragem e força de vontade, partiu para a maratona de compras. Era o jeito, fazer o quê?
Compras realizadas. Chegou em casa e resolveu vestir o vestido novamente. Lá na loja, já havia experimentado ele e ficado com a leve impressão de que o decote estava torto e tinha decidido retirar os broches que enfeitavam as alças. Porém, para ter uma segunda opinião, nada como vestir a roupa nova na tranqüilidade do lar. Percebeu que o decote era muito torto, os broches eram, realmente, horríveis, sua silhueta parecia aumentar assustadoramente e uma faixa que passava um pouco acima de sua cintura diminuía-lhe a estatura. E, o pior, o vestido era vinho! Ela pensou que se acostumaria, contentaria com aquilo mesmo. Afinal, o vestidinho tinha sido bem barato, custado menos do que ela pensava em gastar. E, o fato dela ter que viajar e só voltar na data do casamento, não lhe dava outra opção. Até que um telefonema no meio da tarde deu a bela notícia: a viagem havia sido adiada. As esperanças de ficar linda na cerimônia voltaram.
Na segunda-feira, foi em busca do vestido vermelho. Depois de entrar em várias lojas, terminou na sua preferida. No fatídico sábado, não havia sobrado tempo para procurar ali, logo a sua preferida. Depois de experimentar vários vestidos, entre eles, um rosa que a deixou com cara de criança, um que era lindo, mas custava três vezes a quantia que podia gastar e um que a transformou num verdadeiro repolho, finalmente, encontrou o de seus sonhos. Vermelho, decotado, comprimento à altura dos joelhos. Saiu da loja carregando a sacola como se fosse um prêmio. E, realmente, era. Ali dentro, não estava apenas um vestido, mas sim, um objeto de desejo e, acima de tudo, a certeza de que nunca mais se contentaria com menos do que havia sonhado.
No mesmo dia em que foi convidada para o casamento, idealizou o vestido, a sandália e os acessórios que comporiam seu visual no grande dia, porém, o trabalho, a faculdade e os afazeres do lar desviaram sua atenção. De repente, se deu conta de que já estava às vésperas do dia da cerimônia. Ia precisar comprar tudo no dia seguinte, um sábado, pois, na próxima semana, viajaria a trabalho e, só retornaria no dia do casório. Nos sábados, o comércio de sua cidade fechava no horário do almoço e, por isso, as lojas ficavam uma confusão: apinhadas de clientes e com os vendedores loucos para descansar depois de uma semana inteira de serviço. Mas, imbuída de muita coragem e força de vontade, partiu para a maratona de compras. Era o jeito, fazer o quê?
Compras realizadas. Chegou em casa e resolveu vestir o vestido novamente. Lá na loja, já havia experimentado ele e ficado com a leve impressão de que o decote estava torto e tinha decidido retirar os broches que enfeitavam as alças. Porém, para ter uma segunda opinião, nada como vestir a roupa nova na tranqüilidade do lar. Percebeu que o decote era muito torto, os broches eram, realmente, horríveis, sua silhueta parecia aumentar assustadoramente e uma faixa que passava um pouco acima de sua cintura diminuía-lhe a estatura. E, o pior, o vestido era vinho! Ela pensou que se acostumaria, contentaria com aquilo mesmo. Afinal, o vestidinho tinha sido bem barato, custado menos do que ela pensava em gastar. E, o fato dela ter que viajar e só voltar na data do casamento, não lhe dava outra opção. Até que um telefonema no meio da tarde deu a bela notícia: a viagem havia sido adiada. As esperanças de ficar linda na cerimônia voltaram.
Na segunda-feira, foi em busca do vestido vermelho. Depois de entrar em várias lojas, terminou na sua preferida. No fatídico sábado, não havia sobrado tempo para procurar ali, logo a sua preferida. Depois de experimentar vários vestidos, entre eles, um rosa que a deixou com cara de criança, um que era lindo, mas custava três vezes a quantia que podia gastar e um que a transformou num verdadeiro repolho, finalmente, encontrou o de seus sonhos. Vermelho, decotado, comprimento à altura dos joelhos. Saiu da loja carregando a sacola como se fosse um prêmio. E, realmente, era. Ali dentro, não estava apenas um vestido, mas sim, um objeto de desejo e, acima de tudo, a certeza de que nunca mais se contentaria com menos do que havia sonhado.
Imagem: Flickr/Creative Commons: Pasadena Burbank
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