Sapatos: nossos amores
Li uma reportagem que falava de uma pesquisa sobre a relação das mulheres com os sapatos. Dois dados que ela trazia me chamaram mais a atenção.
A primeira conclusão da pesquisa era que o primeiro par de sapatos que as mulheres compram com o próprio dinheiro marca mais a vida delas do que o primeiro beijo. Se eu tivesse feito parte da amostra da pesquisa, neste quesito, estaria entre a minoria das mulheres.
Tudo bem, concordo que comprar o primeiro par de sapatos é um feito importante nas nossas humildes existências. Mulheres sonham com sapatos. Para nós, eles são verdadeiros objetos de desejos. Na ficção, isto é muito bem representado por Carrie Bradshaw, da série “Sex and the City”. A loira ama seus pisantes e faz o que for preciso por um Manolo Blahnik. Considero também que para as mulheres abordadas pelos pesquisadores pesou o fato delas terem comprado os sapatos com os seus recursos. Isso é bom, muito bom, quem já experimentou sabe, independência financeira. Poder comprar o que sonha.
Mas, insisto, estaria entre a minoria. Alguém poderia alegar: “Isso é legal. As mulheres estão comparando os homens aos objetos e, preferindo estes”. Penso que não, o primeiro beijo está relacionado a sentimento. Então, estaríamos coisificando nossos sentimentos. Isto não é benéfico para ninguém. E olha que meu primeiro beijo foi ... normal. Com gosto de saliva. Talvez, esta minha opinião advenha do resquício de romantismo que sobrou em minha personalidade.
O outro fato constatado pela pesquisa é que a grande maioria das entrevistadas se arrependem de terem jogado fora algum par de sapatos, enquanto, apenas uma pequena parcela se arrepende de ter terminado algum relacionamento.
Este dado eu adorei. Identifiquei-me, completamente. Num belo domingo de sol, eu estava terminando de me arrumar para ir a um churrasco e cismei de calçar um determinado par de sandálias. Elas combinariam com a roupa que eu vestia, eram confortáveis, ideais para serem usadas durante o dia. Revirei a casa toda, não encontrava as benditas. Então, me lembrei que, num dia infeliz, decide jogá-las fora. Não gosto de acumular vários pares, mas, depois disto, penso duas vezes antes de eliminar algum.
Também gostei desta constatação porque ela demonstra que as mulheres estão decididas. Se for para pôr a fila pra andar, põem sem remorsos. Deixemos nossas lágrimas para algum par de sapatos exclusivo que se encaixavam, perfeitamente, nos nossos pezinhos e nas nossas vidas, mas, que o tempo e o uso foram cruéis, o suficiente, para levá-los de nós.
Imagem: Creative Commons/Google
A primeira conclusão da pesquisa era que o primeiro par de sapatos que as mulheres compram com o próprio dinheiro marca mais a vida delas do que o primeiro beijo. Se eu tivesse feito parte da amostra da pesquisa, neste quesito, estaria entre a minoria das mulheres.
Tudo bem, concordo que comprar o primeiro par de sapatos é um feito importante nas nossas humildes existências. Mulheres sonham com sapatos. Para nós, eles são verdadeiros objetos de desejos. Na ficção, isto é muito bem representado por Carrie Bradshaw, da série “Sex and the City”. A loira ama seus pisantes e faz o que for preciso por um Manolo Blahnik. Considero também que para as mulheres abordadas pelos pesquisadores pesou o fato delas terem comprado os sapatos com os seus recursos. Isso é bom, muito bom, quem já experimentou sabe, independência financeira. Poder comprar o que sonha.
Mas, insisto, estaria entre a minoria. Alguém poderia alegar: “Isso é legal. As mulheres estão comparando os homens aos objetos e, preferindo estes”. Penso que não, o primeiro beijo está relacionado a sentimento. Então, estaríamos coisificando nossos sentimentos. Isto não é benéfico para ninguém. E olha que meu primeiro beijo foi ... normal. Com gosto de saliva. Talvez, esta minha opinião advenha do resquício de romantismo que sobrou em minha personalidade.
O outro fato constatado pela pesquisa é que a grande maioria das entrevistadas se arrependem de terem jogado fora algum par de sapatos, enquanto, apenas uma pequena parcela se arrepende de ter terminado algum relacionamento.
Este dado eu adorei. Identifiquei-me, completamente. Num belo domingo de sol, eu estava terminando de me arrumar para ir a um churrasco e cismei de calçar um determinado par de sandálias. Elas combinariam com a roupa que eu vestia, eram confortáveis, ideais para serem usadas durante o dia. Revirei a casa toda, não encontrava as benditas. Então, me lembrei que, num dia infeliz, decide jogá-las fora. Não gosto de acumular vários pares, mas, depois disto, penso duas vezes antes de eliminar algum.
Também gostei desta constatação porque ela demonstra que as mulheres estão decididas. Se for para pôr a fila pra andar, põem sem remorsos. Deixemos nossas lágrimas para algum par de sapatos exclusivo que se encaixavam, perfeitamente, nos nossos pezinhos e nas nossas vidas, mas, que o tempo e o uso foram cruéis, o suficiente, para levá-los de nós.
Imagem: Creative Commons/Google
5 comentários:
Concordo! Também estaria com a minoria! Nunca vou me esquecer do gosto daquele primeiro beijo, que na verdade foi meio nojento e me deixou sem beijar novamente por 2 anos. Quis experimentar e o fiz, mas depois me arrependi, pois não estava preparada.
Mas de sapatos? Não me lembro do meu primeiro par. Da primeira bolsa que comprei lembro, mas do beijo lembro mais, apesar de não ter sido tão bom assim....
beijos
Paula Jácome, obrigada pelo comentário! É sempre legal saber a opinião das minhas leitoras, me ajuda a tentar entender este nosso universo feminino. Beijos!
Oi Daniela, obrigada por nos seguir no twitter. Nossos blogs tem muito em comum, e nós temos em comum pelo menos a paixão por sapatos. Procure no nosso blog o post "sapatos, sonho que me consome?" beijos
Calcinhas na rede, pode deixar que eu vou acessar.
vi que saiu o link para o calcinhasnarede do blogspot, mas o que está ativo é o calcinhasnarede.wordpress.com
beijos e obrigada
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