Cirurgias plásticas estéticas: o que elas estão modificando


Já faz um tempo que eu tenho pensado em cirurgias plásticas estéticas. Não, eu não estou com planos de me submeter a uma. Pelo menos por enquanto, não. Mas, eu me pergunto quais motivos levam uma mulher a passar por tais procedimentos. A resposta mais evidente seria: porque ela quer ficar mais bonita e se sentir bem. De fato, ouvi uma explicação semelhante a esta quando perguntei isto à uma amiga que se submeteu à lipoaspiração e implantou silicone nos seios. Ela ainda acrescentou, de maneira bem enfática, que havia feito pela auto-estima.

Recentemente, duas notícias sobre cirurgias plásticas estéticas chamaram muito a minha atenção. A primeira, falava de uma musa do carnaval que não satisfeita em colocar silicone nos seios, resolveu dar a eles formato de “cones”. A segunda, tratava de uma britânica que passou por vários procedimentos cirúrgicos para realizar o sonho de ficar parecida com a personagem Jessica Rabbit. Estas duas histórias aguçaram ainda mais meus questionamentos sobre este assunto.

Será que ao decidir fazer uma intervenção cirúrgica, com fim, exclusivamente, estético, a mulher demonstra que é livre? Assim, ela seria detentora de uma liberdade que a permite, até mesmo, mudar seu corpo de acordo com sua vontade e vaidade. Ou, ao tomar esta decisão a mulher estaria subordinada ao mercado da beleza? Neste caso, seria a imposição dos padrões tidos como belos ao que nós temos de mais íntimo, nosso corpo.

Gostaria de acreditar que estas cirurgias plásticas modificam mais do que a estética ao proporcionarem às mulheres a oportunidade de adotarem uma postura de mais propriedade perante o próprio corpo e, por consequência, perante a vida. Mas, sinceramente, não tenho certeza de que é isto que está acontecendo. E vocês, o que pensam sobre isto tudo?

Imagem: Creative Commons/Google

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