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Violência contra a mulher


Aqui no Bem Feminina eu gosto de falar de assuntos agradáveis e tento manter um astral elevado, um clima positivo. Porém, uma questão sempre me preocupou bastante e sinto que ultimamente a situação tem assumido proporções assustadoras. Por isto, mesmo sendo um tema triste resolvi abordá-lo. O que tanto me aflige é a violência contra a mulher.

Recentemente, no meu bairro, uma mulher foi esfaqueada pelo ex-companheiro; na minha cidade, uma mulher foi assassinada pelo marido; no meu estado, uma mulher foi estuprada e espancada. E assim, de uma em uma, o número de mulheres vítimas de violência vai aumentando no Brasil.

Durante a semana, esta questão esteve em evidência na mídia. Pimenta Neves, após utilizar todos os recursos que a legislação brasileira lhe permitia, passou a cumprir pena em regime fechado pelo assassinato da jornalista Sandra Gomide. O crime ocorreu há 11 anos.

O programa Brasil Urgente, apresentado por Datena, perguntou às mulheres se elas já haviam sido vítimas de violência. Uma enorme quantidade de telespectadoras contou suas histórias de sofrimento. As agressões relatadas foram diversas: estupros, socos, facadas, chutes e tantas outras formas de machucar uma pessoa que a maldade humana é capaz de inventar.

As mulheres brasileiras estão sendo dizimadas. Elas são estupradas, espancadas, ofendidas verbalmente, esfaqueadas, oprimidas, chantageadas e assassinadas. A violência ocorre dentro e fora de seus lares. É preciso dar um basta nisto.

Quando houve a criação da Delegacia da Mulher, os índices de violência contra a mulher diminuíram. Entretanto, atualmente, este tipo de crime tem mostrado sua face de maneira avassaladora. Talvez porque os criminosos têm a certeza da impunidade.

Toda essa situação é bastante contraditória, suas causas são difíceis de entender. Logo agora que a mulher conseguiu significativos avanços no mercado de trabalho e tomou maior consciência de seus direitos. A primeira impressão é a de que o machismo está diminuindo, mas, não, ele permanece e de maneira violenta. Talvez os autores dos crimes sejam os homens que têm ciúmes e inveja das conquistas femininas. Contudo, para saber se esta hipótese se confirma, seriam necessários estudos psicanalíticos e sociológicos.

Independentemente dos motivos que levam os homens a cometerem tais crimes, não há justificativa. É crueldade, covardia. Estes atos devem ser julgados e punidos corretamente pela justiça.

Não basta apenas dizer à vítima para denunciar o agressor às autoridades. O noticiário está repleto de casos nos quais as mulheres foram assassinadas mesmo após terem registrado Boletim de Ocorrência por agressão. A Lei Maria da Penha, certamente, representa um avanço. No entanto, mais medidas protetivas precisam ser adotadas em relação às vítimas. É preciso desburocratizar o atendimento às mulheres que sofrem com a violência.

É inadmissível que após séculos da luta feminina por seus direitos e pelo reconhecimento da importância do papel do gênero feminino na constituição social, milhares de mulheres ainda vivam submetidas à violência. Sempre que uma mulher é vítima de violência, é dado um tapa na cara de toda a sociedade.

Imagem: ::De todos los Colores::


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Divã


Ontem, a série Divã exibiu seu último episódio desta temporada. Mal acabou e eu já estou ansiosa para o seu retorno. Confesso que sou fã da história criada por Martha Medeiros em um livro que virou teatro, filme e, por último, série. Me divirto muito com os enredos vividos por Mercedes (Lilia Cabral), Renée (Paulo Gustavo) e Tânia (Totia Meireles).

O último episódio de Divã justificou o seu sucesso. No começo, achei meio mórbido porque a trama tinha como assunto principal a morte. Mas, com o desenrolar dos fatos, entendi que falava de morte para dar uma grande lição de vida. Uma amiga de Mercedes, da mesma idade dela, morre. Ela, claro, leva um grande susto e fica apavorada com a constatação da finitude. Passado o primeiro impacto, Mercedes compreende que os infortúnios podem servir como uma passagem para tornar a busca pela felicidade ainda mais intensa.

As histórias de amor e amizade apresentadas por Divã são sempre uma celebração da vida. Espero que o final da temporada seja também apenas uma passagem para histórias ainda melhores que estão por vir em Divã.

Imagem: Google Imagens/Divulgação

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Dez mulheres


Dez Mulheres, de Miguel Reale Jr., é composto de uma dezena de contos que têm como títulos os nomes das mulheres protagonistas de cada um deles. Os textos enveredam pelos labirintos da alma feminina e revelam as contradições existentes em seu interior.

Cada conto mostra, de maneira surpreendente, um fragmento na vida das personagens principais. Alzira sofre uma verdadeira metamorfose ao vislumbrar a possibilidade da maternidade com o apoio que dedica à gravidez precoce de sua sobrinha. Rita vive infeliz ao lado do marido e com o final do casamento, encontra a felicidade em um relacionamento homoafetivo. Cleonice é uma “gata borralheira moderna”, vítima de maus tratos, ela encontra a liberdade ao cometer um crime e ser presa. Leonora também vive um conto de fadas, ela tem o sonho de ser uma princesa. Cíntia sintetiza a mulher moderna, bem-sucedida, dedica grande parte de sua atenção à carreira.

Com personagens que têm histórias tão distintas, mas, que se unem na obstinação de conquistarem o que querem, Dez Mulheres é um ótimo livro para quem pretende conhecer um pouco melhor a alma feminina ou se perder ainda mais em suas contradições.

REALE JR. Miguel. Dez Mulheres. São Paulo:Best Seller, 2004.

Imagem: Daniela Fonseca

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Moda


Duas amigas entram numa loja de roupas para ver as novidades da moda para o inverno. A vendedora solícita se aproxima e pergunta o que elas desejam. Uma das moças responde “Eu sou bem básica. Não gosto de nada que esteja muito na moda, que todo mundo esteja usando. Eu dou muito valor ao conforto e costumo optar por peças que não estejam muito em evidência”. A outra amiga explica para a atendente ”Eu sou completamente diferente dela. Gosto de causar! Adoro usar as últimas tendências. Sou o que muitos chamavam de discípula da moda”. A vendedora realizou um verdadeiro tour com as duas pela loja, provavelmente, tendo em vista que agradar a gostos tão distintos não seria nada fácil.

Outros fatos sobre moda me chamaram a atenção durante esta semana. O primeiro foi uma reportagem sobre o novo lançamento no mercado de cosméticos: adesivos de boca. A novidade se parece com uma tatuagem para os lábios. Os tais adesivos são fabricados em diversas estampas, entre elas, oncinha, arco-íris, bolinhas. Tem para todo tipo de imaginação. Ao final da matéria havia uma enquete que indagava se as leitoras gostaram do novo produto, de acordo com os resultados, as opiniões estavam meio divididas.

Outra reportagem que li foi sobre uma bota feminina criada pela Prada. Ela imita pernas femininas calçadas com um sapato vermelho. A bota estaria causando polêmica no mundo fashion e também dividindo a opinião das consumidoras.

Nesta semana também foi notícia que Nicola Formichetti, estilista de Lady Gaga, produzirá uma coleção feminina e masculina inspirada na cantora. A julgar pelos figurinos que a diva pop ostenta, podemos esperar bastante criatividade.

Muitos pensam que a moda é uma futilidade, outros, a consideram essencial. Mas, seja para aqueles que a seguem ou para os que dizem não se importar com ela, a moda sempre dividiu opiniões e deu motivos para comentários. Esta semana não foi diferente!


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Dias de princesas

Que garota nunca teve o sonho de ser uma princesa? Morar em um castelo rodeado de riquezas, usar vestidos que se ajustam com perfeição ao corpo, ser referenciada pelos súditos, desfrutar o melhor da vida e, além de tudo isto, ter um marido lindo, poderoso e gentil.

Este sonho é inserido no imaginário feminino logo na infância. Nos contos de fadas as princesas e os príncipes são belos, jovens, vivem grandes aventuras e conseguem superar qualquer desafio com a força do amor. Narrativas como Branca de Neve, Cinderela, A Bela Adormecida, fazem a imaginação das meninas viajarem à tempos remotos, à lugares longínquos e à uma vida que não será a que elas terão quando crescerem.

Algumas sonhadoras crescidas até ousam manter o romantismo em suas realidades, tentam adaptar o cotidiano àquelas histórias que um dia alguém lhes contou quando crianças. Mas, é difícil. Ser princesa na vida real é para poucas, bem poucas.

Kate Middleton acabou de realizar esta façanha. Deixou de ser plebeia e entrou para a realeza. O mundo todo viu o sonho da jovem britânica se realizar. O casamento real foi transmitido para milhares de telespectadores ansiosos para ver o acontecimento histórico. Nas semanas que antecederam o grande dia, a expectativa foi enorme. Todos os detalhes eram acompanhados com fervor pelos súditos. A cerimônia alcançou o sucesso que prometia. Foi comparável aos contos de fadas. Um item fundamental deste glamour foi o vestido da noiva. Assinado pela grife Alexander McQueen, ele cumpriu com louvor seu papel: foi perfeito. O vestido de Kate evocava o de outra mulher que conseguiu se tornar princesa, Grace Kelly.

Esta atmosfera de princesas, realeza e glamour pode continuar a ser apreciada no Brasil. São Paulo recebe, até o dia 10 de julho, a exposição Os anos de Grace Kelly, Princesa de Mônaco. A mostra conta com um vasto acervo, roupas, joias, fotografias, filmes, documentos e muitos outros objetos usados pela diva podem ser vistos pelo público. O destaque é da seção Princesa e Glamour na qual criações de Balenciaga, Christian Dior, Chanel, Givenchy e outros nomes da alta costura marcam presença.

O casamento real e a oportunidade de apreciar fragmentos da vida de Grace Kelly que, além de princesa, foi também uma grande atriz e ícone da moda, trazem para a realidade um pouco dos contos de fadas. E quem não gosta de um pouco de fantasia?



Imagem: _carmendy

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O presente do dia das mães



As duas primeiras semanas de maio são dedicadas às mães. Já é tradição. Neste período, acontecem diversas homenagens mais que merecidas para estas figuras que são fundamentais nas nossas vidas.

O comércio fatura alto com a comemoração do dia das mães. A data é uma das que alcançam os mais elevados números de vendas, rivalizando apenas com o dia das crianças e o Natal. As lojas fazem de tudo para conquistar a preferência dos filhos, clientes ávidos por comprar um presente que demonstre o carinho que eles sentem pelas suas mães e as deixem um pouco mais felizes nesta data.

Mas, a festa não é só das mamães, é da publicidade também. Anúncios e mais anúncios invadem as ruas, a internet, a televisão, o rádio, os telefones, as revistas, os impressos, e, onde mais houver espaço para a comunicação.

E, nos dias de hoje, as campanhas publicitárias não querem somente nos fazer consumir produtos, elas querem fazer com que nós nos sintamos bem. Sabe aquela publicidade da empresa de cosméticos que tenta nos convencer que todo dia deve ser maravilhoso? Ou a propaganda da montadora de carros que nos aconselha a aproveitar o melhor da vida? Há também a família que vive em constante estado de felicidade nos comerciais das lojas de departamentos. É disto que estou falando... Às vezes, os produtos nem têm destaque nas publicidades, o importante é persuadir os consumidores de que determinada marca faz parte de uma existência feliz. Por consequência, as vendas acontecem...

A publicidade sempre foi um retrato de sua época, é necessário estar em sintonia com o público para poder vender bem. Atualmente, como valorizamos o bem viver, o estar confortável com nossas escolhas e com o nosso estilo de vida, as campanhas publicitárias agem assim, querendo vender o bem-estar.

O jornalismo também entra no clima de comemoração do dia das mães. Dentre as tantas reportagens que li sobre este tema, uma me chamou a atenção. Achei bastante interessante porque ela falava justamente disto, de como a publicidade e, por conseqüência os presentes mais vendidos nos dias das mães, acompanhavam as mudanças sociais.

A matéria evidenciava o que é fácil perceber: a tendência de presentear as mães com objetos domésticos. A reportagem mostrava onze tipos de presentes que as mães mais receberam ao longo da história, destes, seis eram utensílios para o lar. Na primeira metade do século XX, tiveram destaque ferro de passar, fogão a gás, rádio, refrigerador, enceradeiras e televisores. Com o aumento da atuação feminina no mercado de trabalho, se sobressaíram eletrodomésticos que propiciam à mulher maior tempo de descanso, dentre eles, microondas, processadores de alimentos e máquinas de lavar roupas.

Equipamentos para a casa sempre estiveram associados ao dia das mães. Há quem explique esta situação alegando que a mãe é a figura mais identificada com lar. O engraçado é que o fogão, a máquina de lavar roupas e o microondas também prestam serviços aos homens, afinal, todos precisam de roupas limpas e de comida, entretanto, não é costume presentear os pais com este tipo de objeto. Minha mãe sempre me alertou: quero presente pra mim, não para a casa. Talvez seja o caso de instituir o dia da casa! Os comerciantes e publicitários aprovariam...

Independentemente da movimentação do comércio, das publicidades e do tipo de presente, o importante é que o dia das mães é mais que merecido. A data é um símbolo do carinho que devemos dedicar, durante todo o ano, a essas queridas que nos cercam de amor. É um dia para homenagearmos as mães, e por conseqüência, a família. Isto, nunca é demais.




Imagem: Daniela Fonseca

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Bem Feminina de "cara nova"!

O Bem Feminina está de cara nova! Fiz umas mudanças no design do blog para melhorar sua funcionalidade. Espero que consiga atingir este objetivo e, o mais importante, que vocês gostem. O Bem Feminina “trocou a decoração”, porém, a essência continua a mesma: um espaço para falarmos do cotidiano feminino. Fiquem à vontade, a casa é todos nós que acessamos este blog!

 
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